Xiao G et al
Crit Care 2008; 12:R61
Estudos em animais mostraram que o progesterona apresenta efeito neuroprotetor após TCE e AVC. A progesterona atravessa rapidamente a barreira hematencéfalica, reduz o edema cerebral, bloqueia a ação dos radicais livres no encéfalo e diminui a morte neuronal. Xiao et al estudaram 159 pacientes com TCE grave (Glasgow < 9) onde 82 foram tratados com progesterona (1 mg/kg 12/12 horas IM por 5 dias) e 77 receberam placebo. A pressão intracraniana após 72 horas e 7 dias foi menor no grupo que recebeu progesterona mas sem significância estatística. Após 6 meses, os pacientes tratados com progesterona apresentaram melhor avaliação na Glasgow Outcome Score (evoulação favorável 58% vs 42%; p= 0.048), maior pontuação segundo o Funcional Independence Measure score (9,87 vs 8,95; p< 0.01) e menor mortalidade (18% vs 32%; p= 0,039). Nenhum efeito adverso da progesterona foi descrito. Estes dados sugerem que a progesterona possa ser útil no tratamento dos pacientes com TCE grave.
Flávio E. Nácul
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Sou acadêmico de medicina, cursando o 7o período, e gostaria de saber sobre: até que ponto esse estudo tem sido empregado na prática? Alguns estudos mais recentes e complementares tem sido feitos? Onde mais poderia eu buscar informações.
ResponderEliminarGrato.
Pedro Xavier.