Esse artigo foi publicado em um jornal para público
leigo (Saturday Post) e discute a atitude dos médicos frente à própria morte. O
que o autor discute como sendo mais surpreendente é, como os médicos, tendo
acesso a toda a informação disponível e, freqüentemente, também tendo acesso a
qualquer tipo de tratamento, optam por renunciar a tratamentos mais invasivos.
Evidentemente,
isso se dá pelo fato de, na maior parte das vezes, os médicos terem uma boa
noção de quais são suas opções na realidade e quais os limites da medicina. O
autor também explora o paradoxo do porquê os médicos administram muito mais
tratamento aos seus pacientes do que gostariam para si próprios ou para sua
família.
Várias
explicações podem ser dadas a esse fenômeno, como o fato de vivermos em uma
sociedade que passou a não aceitar a morte como um evento natural, a questão da
hospitalização da morte, a dificuldade de comunicação entre médicos e
familiares, entre outros. No entanto, uma das explicações mais interessantes
está no fato do sistema de saúde ser construído para facilitar o tratamento, mesmo
quando este se mostra inútil ou, pior que isso, doloroso para o paciente e seus
familiares.
O artigo pode ser lido no link: http://www.saturdayeveningpost.com/2013/03/06/in-the-magazine/health-in-the-magazine/how-doctors-die.html.
Para uma discussão mais aprofundada sobre a questão do tratamento excessivo,
uma boa pedida é ler o livro: Overtreated: Why too much medicine is making us
sicker and poorer. Cássia Righy
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