Bourne RS et al
Crit Care 2008; 12:R52
Distúrbios do sono são extremamente comuns nos pacientes críticos e provavelmente estão relacionados com a redução da concentração plasmática de melatonina, neuro-hornônio produzido pela glândula pineal a partir do aminoácido triptofano. Embora as conseqüências da redução no tempo e da fragmentação do sono não sejam totalmente conhecidas, acredita-se que elas possam aumentar significativamente a morbidade dos pacientes. Com o objetivo de avaliar se a administração de melatonina beneficia o sono noturno de pacientes críticos, Bourne e al. realizaram um estudo randomizado e duplo-cego em 24 pacientes críticos traqueostomizados e ventilados mecanicamente. Melatonina 10 mg ou placebo VO foram administrados diariamente por 4 dias consecutivos às 21:00. A qualidade e o tempo de sono noturno foram avaliados através do bispectral index (BIS) bem como a partrir de relatos da enfermagem e do próprio paciente. Os pacientes que receberam melatonina apresentaram um aumento de tempo e qualidade do sono. Os autores concluem que a melatonina pode ser uma medicação útil nos pacientes críticos desde que avaliada em estudos com um maior número de pacientes.
Flávio E. Nácul
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Muito bom!
ResponderEliminarnem tanto pelos resultados, mas por abordar um tema negligenciado e que possivelmente tem impacto na disfunção cognitiva pós-CTI
Jorge Salluh