Em virtude do aumento da publicações relacionadas ao uso de sedativos e analgésicos em pacientes graves e o esclarecimento do diagnóstico e prognóstico de pacientes com delirium, devemos mudar nossas práticas. Alguns paradigmas têm sido quebrados, o que não é fácil, para um tema que foi considerado secundário na década de 90, e que teve cerca de 600 citações na literatura de 1990 a 1994 e mais de 1800 citações nos últimos 4 anos.
Aqui estão algumas observações:
1. o dia-a-dia na UTI é estressante e pode causar desordens psicológicas a curto e médio prazo; a arquitetura de nossas UTIs deve priorizar um ambiente humanizado e o comportamento mais humano da equipe de saúde;
2. reverter a tendência de uso de altas doses de sedativos e baixas doses de analgésicos para o contrário -> analgosedação;
3. evitar deixar os pacientes muito sedados: manter os pacientes despertáveis, se possível;
4. diagnosticar e monitorizar a presença de delirium em pacientes na UTI;
5. incrementar o uso de drogas contra o delirium como adjuvantes para sedação de pacientes em ventilação mecânica;
6. introduzir protocolos próprios para uso de sedativos e analgésicos, baseados na avaliação de médicos, enfermeiros e fisioterapeutas.
André
Realmente esse tópico vem ganhando muita relevância atualmente, porém a ciência ainda anda dois passos à frente de nossa realidade prática, pois alguns estudos já apontam para o benefício da mobilização precoce do paciente criticamente enfermo associada à cessação diária e intermitente da sedação.
ResponderEliminarParabéns pelo post