Neste artigo publicado esta semana no NEJM, os pesquisadores utilizaram RNM funcional para detectar padrões de consciência e de resposta a comandos em 54 pacientes - 23 considerados em estado vegetativo e 31 em estado de consciência mínima. Todos os pacientes tinham mais de 5 anos do diagnóstico de distúrbio da consciência.
Dos 54 pacientes estudados, 5 foram capazes de responder a comando com "sim" ou "não" de uma forma coerente e consistente que se associa a consciência.
O uso da RNM neste grupo de pacientes pode ser interessante de forma a avaliar-se de maneira mais detalhada o estado de consciência do indivíduo - e, com isso, propiciar discussões mais amplas sobre analgesia e cuidados de fim-de-vida.
Cássia Righy
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05 fevereiro 2010
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Cássia,
ResponderEliminarconcordo com seus comentários.
Gostaria ainda ressaltar que na minha opinião o artigo é mais direcionado aos pacientes em estado vegetativo, o que não faz parte da rotina da UTI até pelo tempo necessário para se estabelecer estes critérios diagnósticos.
Considero o estudo um grande avanço e incremento de conhecimento na compreensão destes quadros neurológicos. cntudo não creio que sirva para nortear as discussões na UTI uma vez que as discussões sobre cuidados paliativos, na minha opnião, devem ser pautadas por pontos como futilidade e ão reversibilidade dos processos. Aspectos que não são tangenciados pelo estudo atual.
Jorge Salluh
Cássia,
ResponderEliminarA leitura desse artigo me assustou, pois seguindo esse estudo temos acompanhado mentes aprisionadas em corpos em estado vegetativo.
Com certeza os cuidados paliativos e de fim de vida (encaro como cuidados totalmente diferentes) desses pacientes muda brutalmente, pois não estamos mais lidando com um corpo sem mente, mas com uma mente aprisionada e indissociavél de um corpo inerte.
Dá muito o que pensar...
Abraço,
Rodolfo
Caro Rodolfo,
ResponderEliminarA possibilidade de nos comunicarmos com pacientes em estado vegetativo é interessante, porém, assustadora. Na minha opinião, esse artigo lança várias dúvidas e questionamentos sobre como vamos conduzir esse paciente no fim-de-vida, tanto no CTI quanto fora do ambiente de terapia intensiva e até mesmo, fora do ambiente hospitalar.