Foi publicado na NEJM de 25 de março o estudo DECRA que avaliou a craniectomia descompressiva no tratamento de hipertensão intracraniana refratária em pacientes portadores de TCE.
Neste estudo, pacientes com TCE e HIC refratária foram randomizados entre craniectomia descompressiva e tratamento clínico.
Os pacientes que foram craniectomizados tiveram maior redução da PIC, diminuição no tempo de internação no CTI, dias de ventilação mecânica e dias de hospitalização.
Entretanto, o desfecho clínico avaliado através do escore de Glasgow extendido aplicado após 6 meses foi pior no grupo craniectomizado. Para completar, o grupo submetido a craniectomia apresentou 10 vezes mais hidrocefalia que o controle, além de apresentar aumento da frequencia de hematoma subgaleal e subdural.
Podemos concluir então que não se deve indicar craniectomia bilateral descompressiva de maneira sistematica em pacientes portadores de TCE e hipertensão intracraniana refratária.
Vale lembrar que um estudo semelhante está em andamento. Trata-se do Rescue Study, estudo multicêntrico internacional gerenciado por médicos de Cambridge - Inglaterra e que tem a participação de 7 centros brasileiros.
Flávio E. Nácul
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