01 janeiro 2013

A PRÊMIO NOBEL RITA LEVI-MONTALCINI MORRE AOS 103 ANOS

A investigadora italiana Rita Levi-Montalcini, que venceu o prémio Nobel da Medicina em 1986 pela descoberta dos fatores de crescimento das células nervosas, morreu aos 103 anos em Roma. Montalcini nasceu em Turim, no norte da Itália, a 22 de abril de 1909 no seio de uma família judaica e aos 20 anos lançou-se nos estudos da medicina que conclui em 1936, prometendo então jamais "ter marido ou filhos" para se dedicar à investigação. A promulgação por Mussolini, em 1938, das leis raciais discriminatórias, que impediam as carreiras académicas aos judeus, levam a jovem mulher a procurar a especialização em neurologia e psiquiatria. Durante a II Guerra Mundial instalou um laboratório na cozinha onde fez experiências com embriões de galinhas.O avanço das forças alemãs obrigou-a a fugir e refugiar-se em caves na Florença. As suas descobertas em galinhas, feitas em condições precárias, valeram-lhe em 1947 um convite para a Universidade de Saint-Louis em Washington onde, durante 30 anos, prossegue uma carreira de investigadora e professora. Em 1986 obteve o reconhecimento internacional ao receber o Prémio Nobel da Medicina pela descoberta revolucionária dos fatores de crescimento das células nervosas. Esta descoberta permitiu uma melhor compreensão do desenvolvimento do sistema nervoso e provocou um enorme progresso nos estudos das doenças cerebrais como a doença de Alzheimer e complicações neurológicas ligados à diabetes.
 

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