Hilda Bastian, Paul Glasziou, Iain Chalmers
Ficar atualizado com as informações médicas nunca foi uma tarefa fácil. Em 1753, James Lind, em sua revisão sobre escorbuto, disse: "antes que o assunto pudesse ser visto à luz clara, foi necessário remover uma grande quantidade de lixo". Entre 1865 e 2006, o número de referências cresceu de 1600 para quase 10 milhões. Após a regulação pelo FDA, em 1962, que requeria prova de eficácia de novas drogas que entravam no mercado, o número de ensaios clínicos e revisões sistemáticas cresceu exponencialmente. Estima-se que, em média, cerca de 2 milhões de pessoas sejam incluídas em ensaios clínicos por ano.E grande parte desta informação se perde sem que seja devidamente aproveitada.
Como resolver essa situação?
Em primeiro lugar, priorizar ensaios clínicos e revisões que efetivamente sejam necessários. Há muita redundancia na pesquisa clínica.
Além disso, deve-se simplificar a metodologia das meta-análises, uma vez que a confecção das revisões está cada vez mais laboriosa, o que dificulta sua publicação atualizada.
Por último, deve haver uma cooperação internacional para a realização de revisões, também com o objetivo de se evitar a redundância de trabalho.
Cássia Righy
A cooperação internacional na elaboração de meta-análises a que você se refere, já existe há muitos anos. Recomendo que você visite as páginas da Colaboração Cochrane e da Universidade de York na Inglaterra:
ResponderEliminarhttp://www.cochrane.org/
http://www.crd.york.ac.uk/crdweb/
Caro Itajaí,
ResponderEliminarDevo ter me expressado mal. O que os autores do artigo recomendam é o aprofundamento das cooperações internacionais, a fim de se evitar que vários grupos realizem a mesma revisão simultaneamente e não a formação de grupos de cooperação o que, evidentemente, já existe.
Abraços,
Cássia Righy