A UTI é ecologicamente ajustada? Parece pergunta inusitada, mas será feita frequentemente em breve.
Conceitos de "evite, reduza, reuse, recicle, pesquise e repense" virão para a UTI. Há alto consumo de "pegadas" de CO2, com uso de energia elétrica, medicamentos, dispositivos. Além de ambiente com ar condicionado, que usa muito mais energia se comparado a ventiladores, diálise e bomba infusora. Existe grande uso e descarte de materiais plásticos (inevitável materiais de uso único por paciente). Mas a produção de CO2 é diferente entre UTI australiana (~90kg) vs americana típica (~180kg). Se existe esta diferença, é porque é possível melhorar ! Outro dado: UTI produz 3 vezes mais kg CO2 que leitos de enfermaria. Rouparia e limpeza usam água de maneira heterogênea também. Exames laboratoriais e imagem são repetidos excessivamente, gastando materiais e fornecendo pouca informação, em muitas ocasiões.Que tal estas ideias?
Evite: admissões desnecessárias, reinternações, complicações, desperdício de alimentos
Reduza: exames complementares, otimize uso e frequência de medicações, uso excessivo de EPI, uso de papel (PEP eletrônico e assinatura digital)
Reuse: EPI (?), aparelhos individuais que acompanham paciente de UTI para enfermaria, laringoscópio, etc
Recicle: separe lixo, eduque equipe
Outras: reuniões virtuais quando possível, usar pacote de medidas com metas, criar indicadores de prod. CO2
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